Como o próprio
nome indica, uma experiência precoce traduz-se numa acção que ocorreu
prematuramente, ou seja, aconteceu mais cedo do que o esperado.
Alguns estudos:
- De acordo com Nancy Bayley, que estudou o desenvolvimento humano, concluiu que existe uma variação considerável do Quociente de Inteligência ao longo do tempo, e que a sua variabilidade é maior durante os primeiros anos de vida. Concluiu também que a capacidade intelectual pode aumentar durante a vida, se for estimulada a tal, e que as estruturas intelectuais mudam com a faixa etária.
- De acordo com Benjamin Bloom, que traçou a curva de crescimento com aceleração negativa para o desenvolvimento intelectual, ao longo da idade, as capacidades intelectuais tendem a aumentar a um ritmo mais lento. Afirma também que com seis anos de idade, dois terços da nossa capacidade intelectual já está formada e atribui grande importância à experiência precoce no desenvolvimento cognitivo. Bloom conclui que o facto de se deixar passar um período crítico condiciona o desenvolvimento intelectual.
- De acordo com David Krech, a estimulação do meio pode aumentar a capacidade de aprendizagem devido às alterações químicas cerebrais que provoca. No seu estudo com ratos, conclui que os cérebros dos ratos estimulados eram química e estruturalmente diferentes dos ratos menos estimulados.
- De acordo com Joseph Altman (estudos sobre neurónios) e Austin Riesen ( experiências com gatos e com chimpanzés na escuridão), é necessária uma estimulação ambiental para que haja desenvolvimento fisiológico apropriado, visto que os aparelhos perceptivo e neuronal não se desenvolvem automaticamente.
Os
programas de intervenção precoce têm o objectivo de preparar melhor as crianças
de níveis socioeconómicos desfavorecidos para conseguirem atingir maior sucesso
escolar.
O programa “Head Start” é
um programa da responsabilidade do “United States Department of Health and
Human Services” e podemos concluir que é eficaz a longo prazo, e realmente
pode mudar as vidas de crianças de níveis socio-económicos mais desfavorecidos.
A conclusão mais importante a retirar dos programas de intervenção
precoce é que são um bom investimento para a sociedade.
Transferindo esta temática para o desporto, muitas das vezes
podemos encontrar talentos nestes programas de apoio aos mais desfavorecidos.
Na nossa opinião, como possíveis professores de Educação Física, neste tipo de
programa devia ser incluído a prática desportiva, pois sabemos que o exercício
físico tem vários benefícios para a vida quotidiana das pessoas, como por
exemplo a responsabilidade, competência que será essencial no futuro, quer seja
na vida profissional quer seja na vida pessoal.
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