quinta-feira, 7 de junho de 2012

Desenvolvimento ao longo da idade adulta


Começo da vida adulta: papéis e questões

Atualmente, podemos dizer que o estudo do desenvolvimento humano ao longo da vida adulta já não se baseia apenas na rápida aquisição de novas competências cognitivas e no desenvolvimento físico.
O crescimento dos adultos está sujeito a vários fatores, do qual são exemplo as mudanças quer a nível social e cultural quer a nível pessoal. Este crescimento está inerente desde a adolescência pois os jovens vão ganhando responsabilidades de modo a tornarem-se indivíduos auto-capazes, independentes dos pais e a assumirem responsabilidades, quer por si quer pelos outros, para assim poderem viver em sociedade.
Deste modo, é muito difícil elaborar “estádios de desenvolvimento do adulto” apenas tendo por base a idade pois a altura em que ocorrem certos marcos sociais como a escolha de profissão, o casamento ou a paternidade, varia muito entre indivíduos e acontece de acordo com as normas e restrições de cada cultura.

O que é a maturidade?

De acordo com a Psicologia do Desenvolvimento, a maturidade é “um momento de culminância biológica, psicológica ou social, do ciclo vital, em que o indivíduo exibe as estruturas ou os comportamentos esperados para a sua idade”.
Em termos formais, a maturidade é definida de várias formas, sendo relativizada a diferentes acontecimentos, momentos da vida ou contextos sócio-culturais. Porém, em termos informais, a maturidade está muitas vezes associada a independência e autonomia psicológica, ao facto de possuir um emprego, ser financeiramente independente, ser pai, entre outros.
Exemplo:
Em Portugal é necessário ter 18 anos para tirar a carta de condução, enquanto que nos EUA, os jovens com 16 anos já podem estar habilitados para conduzir.
Isto conduz-nos à pergunta: “Será que são os jovens Americanos que se desenvolvem mais cedo?”. A nossa resposta é não, pois o que está em causa é a forma como é vista a tal maturidade em cada um dos países, dado que há vários fatores que afetam o estado de maturação de uma pessoa e é impossível saber se as experiências por que passam os jovens Americanos é de tal forma distinta dos jovens Portugueses, que faz com que uns se desenvolvam mais precocemente que outros. Por isso, podemos dizer que nem sempre a idade significa a existência de maturidade.

E quanto aos relógios biológicos? Já ouviu falar? Sabe o que são?

Os chamados relógios biológicos são uma espécie de “temporizador interno”, uma maneira de sabermos como estamos a progredir (se demasiado devagar ou demasiado rápido) em termos de sociais e no progresso dos pares.
Atualmente, os relógios biológicos são menos rígidos comparativamente com algumas décadas atrás, mas, há uma curiosidade quanto a este facto, é que parece haver uma relação entra esta maior flexibilização e a classe social, é que quanto mais alta a classe, mais comum e aceitável é o retardamento das tarefas que deviam executar numa determinada altura da vida.

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